Navegar é preciso. Viver não é preciso
Texto escrito em agosto de 2008.
Um intercâmbio
entre bibliotecários, entre Universidades, a troca do conhecimento é um avanço
da nossa Era Tecnológica, Sabemos que esse avanço tecnológico nos oferece
facilidades. É inquestionável o aspecto
positivo que toda a moderna tecnologia proporciona às pessoas. Os meios
eletrônicos hoje se transformam em ferramentas de trabalho, viabilizam o acesso rápido às informações, inúmeras
possibilidades de interação com outras pessoas, infindáveis disponibilidades de
pesquisa em todos os campos do conhecimento humano, acesso ás informações de
utilidade prática e muitos outros facilitadores da vida moderna. Estamos, pois navegando por mares nunca
dantes navegados.
Assim, através da
atualidade de poetas como do grande português Fernando Pessoa, de quem tomei
novamente emprestado este verso Navegar é preciso, viver não é preciso, (para
fazer algumas considerações a respeito da
minha nova vida). Este verso irá
auxiliar (espero) nossos “pensares” e possibilitará muita reflexão para aqueles que se dispõe a
um pensar constante.
Navegar é preciso Viver não é
preciso
Todos nós temos um sonho. Isto é
bom e especial. Por quê?
Porque viver é um evento inexplicável e o ser humano, possui umas estórias fascinantes,
independentes dos nossos erros e acertos, vitórias e derrotas.
Nesta reflexão, quero dizer que os problemas jamais vão desaparecer de
nossa bela e breve existência na terra, mas a sabedoria para superá-los
consiste em extrair das dores a alegria, das decepções forças, dos fracassos
coragem, dos erros aprendizado e mudança de atitude, sempre.
Difícil? É sim, e muito. Mas quem disse que seria fácil?
Lembro que na minha formatura como Bibliotecária, nos idos anos de
1998, fui oradora da turma. E escrevi a
seis mãos, um texto cujo título era NAVEGAR É PRECISO... VIVER NÃO É PRECISO
(Fernando Pessoa)
Hoje, dez anos mais tarde, reescrevo
este texto, agora a oito mãos, pois
a experiência de ser avó faz com que eu possa
ver a vida, com um olhar
diferente. Maroto, traquinas... desestressado e cheio de esperanças.
Estamos em 2008, cheguei à
conclusão de que muita dedicação e
trabalho foram necessários para
atingir os objetivos a que me
propus para o crescimento Espiritual,
Pessoal e Profissional. A cada dia, com amor e dedicação, fui galgando,
avançando, retrocedendo quando necessário. Às vezes, temos de perder
uma batalha, para ganhar a Guerra.
Investindo sempre que necessário,
nas vidas, nos amores eternos, aqueles
que jamais deixam nossos corações. Aprendendo com cada um dos colegas, dos
profissionais que cruzam nosso caminho, para dar uma palavra de ânimo, fazer
uma crítica construtiva e assim, aprendendo novamente, reaprendendo,
aproveitando os momentos quando possível, rindo e chorando, mas avançando
sempre. A vida não pára (ainda bem).
Escola Adventista de Curitiba -festa do dia da Vovó 2014 - Foto de Pierre Passot |
Percebi que os investimentos têm aumentado,
proporcionando melhoria na qualidade
da vida, na segmentação do
conteúdo do coração, na atualização
das notícias boas, e, em seu espaço
físico (agora ampliado, com
alguns quilinhos a mais) devido às mudanças e remanejamentos dos anos.
Por isso, além de ter avançado em uma grande
escala, (de anos vividos) ainda posso me considerar privilegiada por ser e fazer parte das daquela
estatística admirável das pessoas com mais de 50 anos que voltaram a estudar, e
a se RE – preparar para a nova vida pós – cinqüentenário e assim, lá vou eu para uma Universidade das
mais conceituadas da Europa, fazer Mestrado em Ciência da
Informação e Bibliotecas. École Nationale de Sciences de Information et dês
Bibliothèques – Villeurbanne – Lyon – France
Minha Formação
inicial na Universidade Federal do Paraná, no curso de Biblioteconomia, as
formações no Centro de Línguas da Universidade Federal do Paraná cuja
coordenação da maravilhosa Professora Lucia Cherem, sempre presente, motivando,
incentivando, abrindo caminho e insistindo no idioma francês. O apoio de
pessoas incríveis que surgirão em meu caminho profissional, chefes de
bibliotecas pelas quais passei colegas que trabalharam comigo e me ajudaram
muito. A bolsa de estudos da Aliança Francesa, curso noturno, também agrega um imenso valor a esta trajetória.
Estou iniciando um Novo Tempo, e não posso ignorar que é um momento
privilegiado, porém complexo, mas irreversível. (Agora vai...)
Se navegar é preciso, vou buscar agora, através da atualidade de nosso
universo, uma nova conotação que se
torne sinônimo de grandes descobertas por mares desconhecidos, com a
finalidade de adquirir novos conhecimentos e informações importantes e
urgentes.
“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Aceito o aspecto dúbio da palavra PRECISO. Podemos
entendê-la como verbo ou como adjetivo. Como verbo, a palavra nos convida a
ação, nos convida a participar do movimento constante e renovador da vida.
Por isso, (brincadeiras á parte) estamos TODOS
conscientes da necessidade das mudanças, mudanças inerentes ao coração
humano, para mudar, basta acreditar. Basta acreditar e INVESTIR. Assumir a posição e agradecer a confiança...
EU AGRADEÇO A CONFIANÇA DE VOCES.
Como adjetivo a
palavra preciso nos aponta os aspectos exatos, claros e categóricos do
ato de partir, navegar, sair dos próprios domínios.
E hoje, ao escrever estas linhas, eu me
identifico com o termo adjetivo. Estou
começando um novo tempo. Tenho agora a
maturidade e confiança necessária
para investir em um novo momento de aprendizado.
O processo nem sempre será fácil e realizador,
mas considero este um período
vencedor. Afinal aprenderei novos conceitos, viverei em outra sociedade e
conhecerei outra cultura.
Quer mais mudanças
que isto Sônia Mara?
Desejo que cada
um de nós possa fazer a leitura das diversas possibilidades que esta linguagem
poética nos pode oferecer.
Porém o que
importa de verdade, apesar dos avanços tecnológicos e da globalização, que ora vivenciamos, é nunca deixarmos de enxergar as várias e
múltiplas faces da realidade a que estamos sujeitos no nosso cotidiano, das
mais complexas às mais simples, fazendo o mais humano nos guiar e nos orientar. Não podemos esquecer que o
homem NÃO É a medida de todas as coisas. Temos DEUS a nos
guiar, em sua infinita sabedoria. E temos também o poder do relacionamento, da conversa ao
vivo, do olhar, do toque. E, na minha modesta opinião, há um limite nos mares navegáveis, enquanto
que a vida é imprecisa, plena de mistérios e possibilidades. Com seu
incomparável poder de criação, por isso, muito interessante e infinitamente
bela.
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