Vidas paralelas com a Renault do Brasil, Biblioteca RENAULTECA


 

Sonhar faz parte do negócio.
 
Em 1995 o Grupo Renault, com sede na França, comunicou sua decisão de instalar-se no Brasil. Em março de 1996, a Renault do Brasil Automóveis anuncia a implantação de sua  fábrica no Paraná tendo aderido ao regime automotivo brasileiro oficializou-se como montadora nacional, pelo MICT em maio de 1996. Em julho deste mesmo ano, tornou-se membro da Anfavea na “categoria especial” dedicada aos “new comers” (montadoras estrangeiras que estavam se instalando no Brasil). A Fábrica de automóveis foi inaugurada em 4 de dezembro 1998 e sua sede instalada em São Jose dos Pinhais - Paraná.
 
Enquanto esses fatos aconteciam nesse novo cenário brasileiro,  no mundo dos negócios e investimentos financeiros, uma arrojada senhora, ingressa na UFPR para cursar biblioteconomia. 
Estamos agora no ano de 1997, chega o momento de procurar um estágio. Este estágio supervisionado é parte da disciplina obrigatória na Universidade Federal do Paraná . Sem saber, a Renault do Brasil e eu, estávamos em sintonia e caminhávamos paralelamente. Bastava apenas definir nossos passos e agir em busca da conquista do caminho comum.
Já éramos parceiras, pois ambas, em início de carreira, enfrentávamos os desafios do competitivo mercado brasileiro, das escolhas e do planejar a realização do sonho. Instalada, a Renault do Brasil trouxe consigo a cultura francesa, e, parte desta cultura, é o conceito de bibliotecas dentro das empresas. Uma biblioteca especializada começou a tomar forma. Esta estrutura em desenvolvimento, denominada CEFI (Centro de Formação Individualizado), um projeto, que estava sob a resposnbilidade da equipe de Formação/Treinamento, subordinada à direção de Recursos Humanos. Coordenado por duas mulheres, Carintia Martinez e Ligia Fonseca Ferreira.  Mulheres brasileiras e idealistas, com conhecimento e experiência fizeram com que aquele pequeno espaço trouxesse transformações proveitosas em todos os aspectos para a Empresa e seus Colaboradores. Estas duas mulheres incentivaram a criação da biblioteca com o intuito de oferecer oportunidades para que os colaboradores participassem deste elemento de transformação, abrangência social, cultural, coletiva e política, que é a Biblioteca. 

Cliente da Renaulteca em 2008

 
O princípio transformador deste espaço na Renault do Brasil foi de incentivar a educação e a instrução, também enfatizar a compreensão de que ele (o indivíduo) é o sujeito responsável por sua própria educação e desenvolvimento, sobretudo, preparar seu percurso profissional. Para isso, deve ter recursos para desenvolver seu potencial, enriquecer sua cultura e valores pessoais, acreditando que conhecimentos e competências podem ser adquiridos por meio de ações de formação bem como de leitura.
Neste relato, quero dizer que a Renault do Brasil e eu tivemos nossos caminhos cruzados para uma parceria de sucesso desde janeiro de 1998 até outubro de 2012. Fui à estagiária escolhida no processo de seleção lançado em janeiro de 1998. Dentre os critérios para a escolha, falar Francês e ser aluna de um curso regular de biblioteconomia.
Para chegar aqui, havíamos passado por uma história de amor com o idioma Francês e a França, em 1968 quando freqüentava o segundo ano ginasial. Mais tarde, enquanto aluna da UFF (Universidade Federal Fluminense) no RJ (Rio de Janeiro na turma de 1986) cursando letras.

Caminhamos 30 anos acalentando o sonho de um dia enfrentar o desafio do mercado de trabalho em uma empresa francesa.  
Renaulteca e seus clientes, colaboradores da Renault do Brasil  2008
Durante o estágio como bibliotecária na Renault do Brasil, pudemos crescer profissionalmente, juntamente com a biblioteca e seu acervo. Tivemos de nos inserir em um mundo novo, de infinitas experiências profissionais, onde a atenção deve ser sempre redobrada para acompanhar as mudanças que ocorreram na empresa e para integrar-se ao grupo, participando das discussões, reuniões de trabalho em equipe, seminários, palestras.

Houve uma gama infinita de um desabrochar de novas perspectivas em relação a esta experiência, que  procurávamos  passar para as colegas do curso de Biblioteconomia da UFPR, uma visão positiva de que o mercado de trabalho para o bibliotecário era seguramente promissor.
A verdadeira trajetória profissional começou a partir de 1999, quando o então Diretor de RH da Renault do Brasil, convidou-nos  para continuar como consultora .  
  Trabalhavamos no Complexo Industrial Ayrton Senna, a Biblioteca situava-se dentro deste complexo. A Responsabilidade Social e a natureza da nossa conduta seguiam  alinhadas com o Conceito Renault de Trabalho.

Renaulteca em 2010
Esse é um universo contínuo, decorrente de longos anos no processo de compartilhamento de idéias, visando o benefício mútuo. Para mulheres que estão iniciando essa trajetória de empreendedorismo, deixamos uma  mensagem:  O sonho jamais deve morrer, mas a sua  materialização exige muito trabalho e dedicação,  e, sobretudo perseverança, tudo isto permeado pela qualidade no trabalho desempenhado, pelo amor à profissão . A honestidade também é fundamental e, sobretudo NÃO DESISTIR  NUNCA.

 

 

 

 

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